A Alemanha do técnico Joachim Loew chega as quartas de final da Copa do Mundo usando o sistema 4-2-3-1;
O selecionado Alemão diferente das copas anteriores, passa por uma renovação, sendo a segunda mais nova em média de idade possuindo valores interessantes, e quebrando o paradigma de jogo ´´duro´´ , ´´robotizado´´, para mostrar até o momento um futebol mais bonito de se ver, com a famosa objetividade conquistada com passes e boas movimentações.
Na defesa Boateng dificilmente sobe ao ataque, dando liberdade pra Lahm e para os volantes avançarem, o que acontece alternadamente. Quando o adversário chega ao seu campo a preferência é cercar e aguardar o erro(figura abaixo), normalmente usando duas linhas de quatro com a volta dos meias das pontas, com Ozil ficando no meio já preparado para receber um bola e sair ao ataque. Dentro do cercar, algumas vezes os espaços aparecem, e a equipe com atletas de movimentação na frente, como Argentina e Brasil por exemplos podem dar trabalho.Porem o problema maior não está na forma de se posicionar, e sim quando um dos meias deixam de retomar o posicionamento, não formando a linha de quatro, principalmente do lado esquerdo da defesa, onde Podolski invariavelmente têm dificuldade em fazer essa função, sobrecarregando aquele lado.
A parte ofensiva é onde eu vejo como o maior mérito do técnico Loew, conseguiu agregar atletas inteligentes e de velocidade no meio de campo, da liberdade total para os seus volantes chegarem ao ataque, cair para os lados do campo e até entrar na área, com Schweisteiger sendo o motor da seleção, participando sempre bem defensivamente e o principal para a transição meio-ataque ocorrer com qualidade. Outro que busca muito avançar é Lanh, fazendo com que a Alemanha tenha pelo menos seis jogadores no campo ofensivo(Figura a seguir).
Alem da chegada destes atletas para auxiliar, o fundamental até o presente momento é como os meias se movimentam e se aproximam entre eles, procurando trocar passes rápidos e objetivos como no segundo gol contra a Inglaterra, onde a bola sai de uma triangulação feita na direita, e chega na esquerda para Podolski finalizar, uma aula de posicionamento e esquema tático em um só lance.
A Alemanha se mostra forte, e a considero uma candidata real ao título. A hora da verdade está chegando, teremos grandes jogos na seqüência da Copa.